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terça-feira, 7 de agosto de 2007

AGORA ou NUNCA!


Ás vezes, trabalhando em hospitais, não nos damos conta da grandeza de participar da vida de outras pessoas e de estar presente em momentos de puro aprendizado...


Outro dia estava passeando pela rua, e adoro admirar as árvores, elas são tão senhoras de si, posudas... enfim... mas no exato momento em que eu passava, uma folha desprendeu-se da árvore e caiu à minha frente...


Fiquei olhando tal fato e pensei: "Que mágico!"


Cuidei de uma pessoa, uma senhora que teve uma vida cheia de grandes histórias, fez uma cirurgia cardíaca e estava muito feliz. Ele deu um passeio, seu último passeio no corredor, avistou-me e me deu um último abraço, mas ela não sabia que eram seus últimos momentos... no momento seguinte conduzi esta senhora de volta a seu quarto, pois ela passava mal. Ao sentar na cadeira, ela teve uma parada cardíaca e morreu... Não tivemos o que fazer!


Eu estava com ela em seus últimos momentos, assim como quando a folha da árvore se desprendeu e caiu ao chão!


E daí me ponho a pensar que estas situações portadoras de um rico ensinamento, apesar de aparentemente serem tristes!


Estamos na vida para viver plenamente e sermos felizes e o momento de fazer isto é agora!

Nunca sabemos o que poderá nos acontecer no momento seguinte! Não sabemos a que momento existencial seremos uma folha a se desprender dos galhos da Grande Árvore...


Escolhamos viver o que há de bom para se viver: Agora!
Que o Nunca seja apenas uma palavra e não uma opção!


Somos responsáveis por nossa história, por nossas escolhas, façamos de cada dia a página de uma linda história, com direito a muita risada, muito amor, amigos, família e paz de espiríto!


Abç, Lady Lucy


segunda-feira, 16 de julho de 2007

Às vezes fico observando as pessoas que trabalham em hospitais e percebo que muitas parecem não gostar de cuidar e nem do que fazem...

Eu, pessoalmente, não consigo fazer algo que não seja apaixonada!

Amo a enfermagem e muitas vezes concluo que o que estraga a nossa linda profissão é o que cada um faz com ela!

Digo isto porque acho triste observar enfermeiros que não gostam de tocar em seus pacientes, que quando são acionados para atendê-los, saem mal humorados para o atendimento, técnicos que não fazem seu trabalho com carinho, que começam vendo a hora de terminar, enfim gente que não está envolvida com o que faz!

Tem dias que não estamos bem, que realmente não estamos a fim de trabalhar, que todo mundo é chato... pois somos humanos, mas isto não pode tornar-se uma constante!

Estou lendo um livro: "O Poder do Agora" e uma passagem do livro chamou-me atenção e por sinal caí muito bem dentro do contexto...

Eckart Toller fala sobre estarmos inteiros onde quer que estejamos e que reclamar é sempre uma não aceitação do que é! Ou seja, não adianta reclamarmos do nosso trabalho ou dos pacientes, nós temos um contrato com a empresa, temos um juramento com a nossa profissão, e todos os dias nos propomos a estar cuidando, assim sendo, estejamos presentes naquilo que nos propusermos a fazer!

Algumas pessoas prefiririam estar em outro lugar, mas esquecemn-se de que fizeram uma escolha: ESTAR ALI! O aqui delas nunca é suficientemente bom...

"Onde quer que você esteja, esteja lá por inteiro. Se você acha insuportável o seu aqui e agora e isso lhe faz infeliz, há três opções: abandone a situação, mude-a ou aceite-a totalmente"

Ter responsabilidade sobre a vida é escolher estar de cabeça onde nos propomos estar!

Vejo que hoje em dia as pessoas se propoem ser algo ou alguma coisa, ocupar um cargo, mas não querem pagar o preço, fazem de conta que trabalham , fazem de conta que são e esquecem-se da responsabilidade perante a sua vida e a vida dos outros.

O mesmo autor elucida ainda uma outra possibilidade: "Seja tão preguiçoso ou inativo o quanto puder", está é uma sugestão que entendo ser muito séria quando diz respeito a enfermagem, porque se alguém deixa de fazer o seu trabalho, outra pessoa se sobre carregará, pergunto: É justo sobrecarregar os outros com uma carga que também é nossa? É justo dentro de uma equipe um trabalhar mais que o outro?

Enfermeiros e técnicos, formam a equipe de enfermagem, quando estamos em trabalho, somos todos um!

Eu, pessoalmente e éticamente falando tenho uma necessidade fisiológica e espiritual de conduzir meu dia com responsabilidade e consciência, de forma que a noite, eu deite minha cabeça no travesseiro, consciente de que estive presente em tudo o que me propus fazer e que fiz o meu melhor, não só para mim, mas para todos ao meu redor, e não só o paciente, mas meus colegas de trabalho. Preciso sentir todos os dias, que fui uma boa profissional, uma boa mãe, um bom ser humano.

Não aspiro ser a madre Tereza de Calcutá, como canta Zélia Duncan: "A alegria do pecado ás vezes toma conta de mim, e é tão bom não ser divina!", mas seria ótimo se nós profissionais de saúde, cumprissemos não só um papel, mas que estivéssemos da cabeça aos pés, envolvidos com nosso trabalho, nossos pacientes e nossos colegas. Nosso trabalho não se faz a um, se faz em equipe, e a equipe de enfermagem é constituida não só técnicos, mas de enfermeiros.

Trabalho em equipe é o nosso maior desafio!

Até a próxima, Lady Lucy

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Vida Vivida...



Não sabia bem o que escrever, procurei em minhas imagens e achei uma imagem que me tocou, talvez porque tenha haver com o meu momento existencial, vivo neste momento uma situação que me traz muita dor, não uma dor fisica, mas uma dor na alma... às vezes, temos que fazer certas escolhas, porque apesar de querermos muito determinada coisa, sabemos que aquilo não é o melhor para nós!


O vazio acaba tornando-se nosso mais desesperador companheiro, mas é na tristeza de um momento de perda, que ganhamos, resgatamos o passado, reinventamos o futuro, e tentamos o tempo todo fazer do presente: um PRESENTE!


O fato é que cada um dá aos seus sofrimentos uma destinação... Uns transformam o sofrimento em salvação, outros carregam aquela tristeza pelo resto de suas vidas, outros fazem do sofrimento uma alavanca para a felicidade e o encontro com o si mesmo e infelizmente muitos outros transformam seu sofrimento em raiva, mágoa e até violência...


Tudo o que não é elaborado fica preso ao psiquismo, que necessita descarregar essa energia, e muitas vezes, é através de uma doença que isto acontece...


Pensando no sofrimento, me lembrei de quantos pacientes eu já cuidei, de quantos eu já vi sofrer de males fisicos e da alma, sempre tentei entendê-los e enxergá-los além dos seus sintomas, procurei ao longo dos anos, entender como estas pessoas funcionAm e sempre as fazia voltar ao seu passado para encontrar o motivo de seu adoecer... acredito que adoecer é um processo e não um fim em si mesma!


Percebo que muitas pessoas parecem querer reparar os erros de toda uma vida, através de sua doença... Outras padecem de um mal chamado Síndrome de Coitadice, manipulando a família com sua doença... Outros conseguem identificar claramente que sua doença está ligada á sua forma de ser e estar no mundo...


Acredito que durante a vida, vamos escolhendo nossa forma de morrer e que nosso jeito de ser e estar no mundo determina em muito como será o nosso desenlace, mas por que quase todo paciente escolhe morrer sofrendo?


O dr. Marco Aurélio Dias da Silva, em seu livro "Quem ama não adoece", faz uma bonita conclusão apartir da pergunta de uma paciente por ele atendida: "Se as pessoas não morrerem de doenças, morrerão do quê? A resposta do autor, não poderia ter sido melhor: As pessoas não precisam morrer sofrendo, tem muitos pacientes que morrem sem sofrer ou melhor morrem de uma vida vivida, de uma vida de amor, sem dor nem sofrimentos, simplesmente por que chegou a hora de finalizar a última página de suas histórias.


Acho lindo isto: "morrer de vida vivida!", o que pode significar isto, se não vivermos nossa vida de maneira plena, amarmos a nós mesmos e tentar ofertar ao próximo o nosso melhor, dormir todas as noites com a consciência tranquila, não deixar que os nossos medos e que nada mais nos aprisione...


Morrer de vida vivida é viver plena e intensamente, como se o instante seguinte não existisse, pois afinal apostamos a todo momento na sorte, fazemos planos para o futuro, mas o futuro a todo momento é uma incógnita!



Então... um brinde ao presente e vivamos o momento AGORA!
Mas o que fazemos?
Deixamos de viver o aqui e agora, com medo do que possa acontecer no futuro, fazemos planos mirabolantes, acabamos com o nosso PRESENTE.
Conheço uma pessoa que jogou fora seu grande amor, por medo de sofrer ou será que era medo de ser feliz?
Me compadeço de pessoas que fazem isso, elas não vivem o PRESENTE, vivem na esperança do futuro...
Obviamente que com isso não quero dizer que é proibido fazer planos e que as palavras META e PROJETO devam ser abolidas do Aurélio, mas é preciso refletir sobre o que se ganha e o que se perde com tais decisões, pois o amanhã, ao amanhã pertence...
... e viva o PRESENTE!
Abçs, Lady Lucy





quarta-feira, 6 de junho de 2007

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Acompanhantes loucos que fazem enlouquecer...

Apesar de trabalhar num hospital geral, nossos acompanhantes são muito loucos e como se não bastasse nos fazem enlouquecer...
Já dizia o ditado: "De médico e louco todo mundo tem um pouco!"
Está é a mais pura verdade... Olhando de perto ninguém é normal, todos nós temos nossas psicopatologias, mas para conviver bem em sociedade o minimo que se preze é que tenhamos mecanismos internos para lidar com situações limite...
Certas pessoas quando estão em situações de muita pressão piscológica sucumbem ao desespero e não conseguem ter atitudes adequadas... Acho que estou sendo modesta, pois muitos enlouquecem ou põe para fora sua loucura, descarregando na equipe de saúde, toda gama de ansiedade e agressividade.
Imaginem um filho/filha que está acompanhando um pai ou uma mãe doente, dependente de aparelhos para respirar, com um quadro instável, etc... Tal família conserva a mesma relação simbiótica de mãe e bebê, onde não há muita diferenciação entre quem é quem, onde o filho ainda está constituindo uma identidade, enfim... Imaginem o desespero deste/a filho/a...
Agora imaginem se este familiar é obsessivo, hipocondríaco e paranóico. Obviamente que ele tentará de todas as maneiras controlar a tudo para que seu familiar não se contamine ou não adquira mais infecções. Com o tempo de internação transcorrendo, este familiar saberá como tudo funciona, o que pode e o que não pode, se formará em medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição. Pois acabam adquirindo um conhecimento por convivência e observação constante da prática.
Como será a relação que este ser estabelecerá com a equipe multidisciplinar e pior: com a equipe de enfermagem, que é quem fica mais tempo dentro do quarto prestando cuidados?
Eu digo, por que vivo isso na pele, é enlouquecedor, desalojador, desestruturante, eu diria que é uma das provas mais difíceis para todos nós e quem trabalha em hospital sabe do que falo...
Por conta deste tipo de ocorrência é que eu digo e bato o martelo que fazer enfermagem não é mole, é difícil, desgastante, temos muito prazer, mas temos muitos padecimentos para enfrentar, e muitas vezes não temos muito o que fazer, pois o paciente necessita de cuidados e é isto o que nós fazemos: prestamos cuidados, nos relacionamos com os mais diversos tipos de pessoas, cada uma com sua singularidade, diversidade de sentimentos, ações e reações, cada uma com sua patologia e instalada dentro de um momento muito difícil, que é uma internação, com risco de vida, risco de infecções...
A proximidade com aquilo que mais tememos é desestruturante: a morte, uma vida de sequelas... É claro que temos pacientes que se recuperam e vão embora lindos e felizes, mas temos muitos pacientes que nunca mais terão suas vidas saudáveis de volta, e nós da equipe de saúde, estamos no meio do olho do furacão, também expostos aos mais altos níveis de desgaste emocional e fisico, por isto cobro do COREN, atitudes com relação ao desgaste psicológico a que somos expostos todos os dias, este é um caso de Saúde Pública e Mental.
Por isto se faz muito importante por parte das Instituições Hospitalares que tenham dentro das Instituições trabalhos amplos da Psicologia do Trabalho, voltados para a assistência aos trabalhadores da sáude, ou seja, é necessário um "cuidado com quem cuida".
A Enfermagem por outro lado, deveria voltar os olhos para si mesma e começar a produzir conhecimento cientifico acerca de assuntos inerentes ao desgaste e ás consequências do mesmo sobre a saúde fisica e psiquica dos profissionais da área.
Nós, da equipe de sáude somos o principal remédio do paciente, portanto precisamos estar bem para cuidar bem do nosso doente, mas antes de cuidar dos outros, também precisamos cuidar de nós mesmos, também precisa existir um cuidado com quem cuida!
Caros colegas da Saúde, quando sentirem que não estão bem, procurem ajuda de um profissional adequado, não deixem o desgaste emocional tomar conta, a ponto de precisar de medicamentos ou licenças médicas. Muitas vezes precisamos ter uma válvula de escape, fazer uma psicoterapia, ou yoga, ou meditação, ou conversar com um amigo ou com seu chefe, não deixem o problema tornar-se crônico e não se esqueçam: quem cuida, tem que se cuidar...
Abçs, Lady Lucy

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Alerta ao COREN - Revisão da NR32

Sentimos enquanto trabalhamos, este foi o tema de minha última postagem, porém hoje vou mais além!
Sentimos o tempo todo, e faço este tema relevante, porque as pessoas que dirigem hospitais, parecem pensar que "os elementos" que executam os cuidados aos pacientes, isentaram-se de sentir. Até o próprio COREN, Conselho Regional de Enfermagem, parece não levar em consideração tal fato...
Digo isto porque li e reli a Norma Regulamentadora 32, "a lei que protege a sua saúde", este foi o slogan utilizado pelo COREN em sua última edição... fiquei feliz em saber que estão se preocupando com a nossa saúde. A norma é importante e realmente tem uma preocupação genuína com a saúde fisica dos profissionais de saúde, porém nesta lei faltou um ítem: o olhar para a saúde psíquica da enfermagem.
Há alguns anos atrás trabalhei num grande hospital da cidade de São Paulo, que é claro não citarei o nome, mas todos que trabalham em hospitais, concordarão comigo, quando digo que quando um hospital não oferece condições dignas de trabalho e o que é mais comum é não ter um número adequado de funcionários... e que quando tal fato ocorre, sentimo-nos como que prensados contra a parede! A qualidade do serviço prestado decresce, a possibilidade de erros aumenta, a vida do paciente fica mais vulnerável, se o trabalhador sofre de um algum mal fisico, isto pode se complicar, por isto talvez algumas pesquisas indiquem que a enfermagem envelhece precocemente.
Imaginem então o psiquismo do indivíduo...
Já imaginaram trabalhar sob esta pressão todos os dias, faltar material para prestar um cuidado, e/ou então não ter gente suficiente para atender pessoas que precisam de assistência.
O que acontece com estes trabalhadores? Como se sentem frente a situações como estas? Será que todos lidam da mesma maneira com o fato? Ou será que cada um internamente vai lidar de determinada maneira com tal realidade?
O descaso pode tornar-se um dos mecanismos de defesa prediletos! Em hospitais públicos é muito comum isto acontecer. Quantos relatos ouvimos de usuários queixando-se de não serem atendidos ou de serem mal atendidos...
É claro que temos profissionais, que por conta de não terem uma boa índole, aproveitam-se da fraqueza do nosso triste sistema de saúde pública, e avacalham ainda mais o que já está avacalhado...
Mas o fato é que tem muita gente comprometida que vai perdendo o prazer de fazer enfermagem, por conta de não terem condições dignas de trabalho.
Mais comum ainda é o trabalhador começar a se comportar como uma "máquina de fazer", como alguém que só executa, ou ainda perder sua capacidade de sentir, tornando-se "frio". Tal fato ocorre porque acabamos por bloquear, aquilo que não sabemos lidar. Um mecanismo para resolver tal fato, pode ser: o que o cidadão não consegue resolver e dar conta no plano mentale emocional, descarrega no corpo, e daí adoece de um mal fisico, ou seja somatiza. Também pode deprimir, ou desenvolver uma Síndrome do Pânico.
O medo de não dar conta me assola muitas vezes a mente quando me vejo frente a situações como estas (e olha que existem muitas outras, das quais terei um blog inteiro para relatar...), tenho medo de não dar conta, tenho medo de no meio da pressa errar alguma coisa, o que já aconteceu, fico mal quando percebo que estou tratando meu paciente como um objeto, ou quando não tenho tempo e nem disponibilidade para ouvir... enfim são tantas emoções...

O COREN me decepcionou com a falta da contemplação da saúde psíquica dos profissionais de saúde.

Enfermagem é uma profissão muito séria, que não pode ser realizada sem minimas condições de trabalho, o indíviduo que executa tem que estar bem assistido, não só fisicamente, mas psiquicamente, não continuemos a cometer o mesmo erro a vida inteira, privilegiar apenas a parte física. O psiquismo precisa ocupar destaque nestas discussões sobre segurança na área de saúde.

O pensamento cartesiano, que sustenta as Ciências Médicas e portanto também sustenta a enfermagem, cinde o individuo, privilegiando o corpo ao psiquismo, porém, somos seres holisticos, e portanto a NR32, também precisa contemplar SÁUDE PSÍQUICA dos profissionais...

Transformo meu mal estar em um blog público onde todos podem ler o que penso e parar para pensar junto comigo. Só mudamos a realidade quando pensamos sobre ela. O que diferencia o homem dos animais é justamente esta possibilidade: o pensamente, façamos uso então desta nossa qualidade, em nome dos profissionais de carne, osso e mente que somos!

Abçs, Lady Lucy

terça-feira, 29 de maio de 2007

Sentimos enquanto trabalhamos...

Hoje e todos os outros dias quando chego no hospital, fico pensando que vou encontrá-lo pelos corredores... meu coração dispara quando passo perto de seu setor...

Trabalho pensando nele, minha mente não pára!

Nos outros dias, mais chorava do que trabalhava, agora está passando a dor, estou conseguindo sorrir de novo... quero pensar mais em mim... Estou começando a concordar com o ex, sobre que o melhor para nós é tocarmos cada um a sua vida.

O que vou fazer de agora em diante é tocar minha vida, continuar realziando meu trabalho e dando o melhor de mim para o mundo... Queria dar o melhor de mim para alguém em especial, mas já que ele não quer... A vida continua!

Mas o que quero deixar registrado aqui é que no hospital comecei e terminei uma linda relação, com um lindo ser humano, que ficará para sempre marcado no meu coração...

E é assim... pessoas entram e saem todos os dias, novas pessoas chegam, novas histórias, novos amores...

Abçs, lady Lucy

domingo, 27 de maio de 2007

Um amor para recordar...


Hospital é um espaço de convivência, alguns poderão pensar que a convivência é só entre colegas de trabalho, ou somente entre paciente e equipe... Mas colegas de trabalho comumente tornam-se namorados, que se tornam maridos e esposas e pais e mães...

Tornei-me namorada de um ser muito especial...

Ovídio traduz em muito o que assisti acontecer entre nós dois: "Amar é um não sei quê, que vem não sei de onde; nasce não sei como; contenta-se não sei com quê; sente-se não quando; e mata não sei por quê".

Eu jamais sonhei em me apaixonar por ele, mas me apaixonei. Trabalhávamos juntos e eu o achava um metido e chato. Começamos a conversar e fui vendo que a primeira impressão não é a que fica! (risos)

Nosso namoro foi marcado por muito amor, idas e vindas, indecisões!

Começou inusitadamente, permaneceu não sei como, e terminou de uma maneira inesperada - pelo menos para mim...

Agora este amor, ainda que presente, é um só um amor para recordar...
Um forte abraço para você, meu ex grande amor,
Com carinho, Lady Lucy



terça-feira, 22 de maio de 2007

"Sobre a brevidade da vida"


Às vezes fico observando o mundo e as relações entre as pessoas e me entristeço...


No hospital, espaço onde as pessoas deveriam ser mais amigas umas das outras, visto que se um não apoiar o outro fica extremamente dificil suportar toda a carga emocional que nos circunda. Nós que trabalhamos, assistimos a perseguições, relações pobres, onde há pouco ou nenhum cultivo da transparência e sinceridade...

Amo meus colegas de trabalho, antipatizo com alguns, mas tento ter uma relação rica com todos! Tento ser sincera e dizer o que penso no momento do ato, se não gosto de alguma postura demonstro na hora. Assim sendo, quando pessoas agem de maneira desleal, abusando do poder que possuem ou como se todos estivessemos num páreo, fico extremamente entediada de estar num lugar assim...


Coincidentemente passava por uma banca de jornal na Av. Paulista e me chamou a atenção um título: "Sobre a brevidade da vida" de Sêneca, um europeu que tornou-se filósofo, politico, dramaturgo e escritor, há 4 a.C.? e - 65 d.C., porém suas reflexões são tão pontuais e nos dias atuais se fazem ainda mais condizentes com nossa realidade.


O autor em seu livro diz: "Pequena é a parte da vida que vivemos". "Pois todo o restante não é vida, mas somente tempo". "Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas", "este cuida daquele, que cuida do outro; ninguém cuida de si mesmo" (pag. 29).


Me questionei:


Quanto tempo perdemos sendo pouco autêntico uns com os outros?


Quanto tempo perdemos tendo relações rasteiras e de aparências com nossos colegas de trabalho?


Quanto tempo perdemos vivendo de maneira inautêntica, quando poderíamos viver de maneira mais autêntica e original?

Como seria bom se no mundo as pessoas cuidassem mais de si mesmo, aprendessem a ser mais leais umas com as outras, não importando qual cargo, posição ou classe social a que está pessoa pertence.


O tempo escorre pela ampulheta, quando nos dermos conta de quanto tempo já perdemos, será tarde para perceber que com o tempo perdido poderíamos ter realizado grandes feitos.


Vamos viver a vida ao invés de deixar o tempo passar... O mundo encontra-se neste caos, porque as pessoas não se permitem serem elas mesmas, vão alienando-se mais e mais de si mesmas, caindo de cabeça na ideologia de outros, confabulando com idéias que nem sabem por que fazem parte e seguem como robôs, executando tecnicamente sua incapacidade de serem humanos...


Sempre terei esperanças de que sejamos cada vez mais humanos, talvez idealize algo nunca mais alcançável, mas mesmo assim seguirei acreditando que tudo isto pode mudar... principalmente dentro de hospitais, lugar onde deveria habitar a humanização...


Abç, Lady Lucy

domingo, 13 de maio de 2007

12 de Maio - Dia de Refletir...


Sábado, dia 12 de maio, foi o dia da enfermagem...

Hoje quero escrever sobre um assunto que muito me instiga: a valorização da Enfermagem, não por parte de pacientes, de médicos, ou das Instituições Hospitalares, mas sobre o valor dado á nossa profissão.

1) O que seriam dos pacientes sem a enfermagem?
2) O que seriam dos hospitais sem a enfermagem?
3) O que seria do mundo sem a enfermagem?

Enfermagem é coisa muito séria e uma arte muito bonita. Os executores de tal arte deveriam pensar mais nisto.
Somos muito importantes no mundo, para a sociedade, para a manutenção da vida, para a promoção de saúde, bem estar e qualidade de vida dos indíviduos. Lidamos com os limites mais tênues: vida e morte, saúde e doença, tristeza e alegria.
Ás vezes é muito difícil não sucumbir a tantos sentimentos oriundos do nosso trabalho: amor, raiva, tristeza, alegria, compaixão, piedade, dentre outros. Outras vezes sentimo-nos misturados a todo este turbilhão de emoções, o que nos torna ainda mais humanos. Em outros muito momentos, transforma-nos em pedras, por não saber ou por não lidar com a dor.
Freud explica: mecanismos de defesa. Sem perceber utilizamo-nos deles para suportar a carga emocional que nosso trabalho impõe; portanto é fundamental à manutenção de nossa saúde psiquica, poder refletir sobre o que sentimos com relação ao nosso fazer, visto que, muitas vezes adoecemos justamente porque não existem espaços dentro de hospitais onde os trabalhadores possam extravasar suas dores e prazeres. Assim o tempo vai passando e vamos, cada vez mais, fazendo tudo automaticamente, como "TÉCNÓLOGOS', MÁQUINAS!!!
Será que é só isso o que somos, técnicos, máquinsa, objetos programáveis. Tudo o que não somos são máquinas, não somos somente nossas técnicas ou procedimentos ou padrões, assim como pacientes não simplesmente suas doenças, suas dores, seus sintomas, acima de tudo somos SERES HUMANOS em relação com outros SERES HUMANOS. Sentimos, sofremos, vibramos, pensamos, temos orgulho.

Queridos profissionais da enfermagem, da fisioterapia, da medicina, mas principalmente da enfermagem, quando acharem que não somos nada, que os próprios pacientes e colegas de trabalho não nos valorizam, lembrem-se que o respeito e autovalorização começam nas nossas mentes, em nossos corações, se nós não nos valorizar-mos, quem nos valorizará?

Se não lutarmos pelo nosso espaço quem lutará?

A comemoração do nosso dia deve ser marcada, dentre outras coisas, por uma reflexão acerca do nosso papel social, bem como do nosso propósito no mundo, nos hospitais e na vida das pessoas que de nosso trabalho necessitam.

Hospitais não existiriam se não existisse enfermagem!

Cada um tem seu papel, cada papel tem sua importância e relevância. Nós enquanto profissionais, tecnólogos e cientistas da enfermagem, temos valor e importância, mas nós, primeiramente, precisamos enxergar esse valor em nosso fazer, ninguém mais o fará se não nós mesmos!
E só para não esquecermos, somos muitos, não somos poucos, mas não somos um grupo se não pensarmos em grupo. Pensando de maneira solitária, somos só mais um número...

Uma boa semana da enfermagem à todos!

Abçs, Lady Lucy

sexta-feira, 4 de maio de 2007

O significado das coisas simples


Terça Feira passada eu e minha amiga N. fomos visitar uma paciente que muito nos marcou...

S. esteve internada durante uns bons meses, fora vitima de um acidente de carro, tendo sofrido fraturas em várias partes do corpo. Felizmente S. vem recuperando-se dia a dia.

Há algumas semanas atrás, S. foi pessoalmente nos convidar para almoçar em sua casa. Neste dia fez questão de levantar-se, ainda que com certa dificuldade. Foi perceptível notar sua emoção em estar ali, em nossa frente, e apoiando-se por si mesma, depois de terem passado tantos meses após sua internação.

Não pudemos recusar tal convite, pois era por demais importante para esta paciente que nós estivéssemos com ela...

Durante o almoço prosseguimos conversando sobre suas vivências no hospital e ela conta que não se lembra de quase nada desta fase da internação, tendo esquecido de quase tudo, mas que existe algo que não lhe saí da cabeça: e diz que se lembra de um banho que eu lhe dei e que em suas lembranças este banho acontecia ao ar livre, em uma banheira suspensa no ar...

Refleti um pouco sobre sua narrativa e bem... é sabido que o psiquismo para se proteger do sofrimento, é capaz de romper com a realidade, criando uma outra paralela. O banho para esta paciente era um momento sofrível, ela tinha várias fraturas, e com as manipulações sentia muita dor: uma dor alucinante! Sua mente para poder suportar a dor, reinventa este momento de uma maneira muito mais prazerosa! (Pelo menos eu adoraria tomar um banho de banheira e suspensa no ar, me dá uma sensação de liberdade).
Concluo que o ser humano é rico não só por pensar, mas principalmente pelo que é capaz de fazer com seus pensamentos. Sempre podemos reinventar nossa realidade, sempre temos mecanismos internos diversos para enfrentar o sofrimento, e como Freud já dizia, sublimamos a dor, transformando-a em algo mais facilmente assimilável: um banho ao ar livre!
Além disto, ela me agradeceu milhares de vezes, pois eu sempre lhe animava, fazendo-a acreditar que apesar de tudo o que estava acontecendo, ela ficaria boa de novo. Quando fala sobre isto, seus olhos ficam marejados. E prossegue dizendo que todos que a ajudaram, fazendo-a acreditar naquilo que para ela era inacreditável, foram determinantes em seu estado atual...

Tal relato comove-me, pois nós profissionais da saúde, temos como dever, estimular o paciente ao pensamento positivo, levando esperança, mesmo que muitas vezes ela pareça um "sol escondido atrás de uma nunvem cinzenta". Na maioria das vezes não sabemos o efeito de nossas palavras na psique destas pessoas, mas é bom, muito bom saber que com a simplicidade de simples palavras, conseguimos ajudar pessoas a alterar suas realidades e entrar em contato com sua força interior.
Abçs, Lady Lucy


Gente muito especial

Tem paciente que pela sua curta estadia em nossas vidas, deixam uma rica lição de moral...
De toda situação, a meu ver, sempre existe algo a se aprender, eu prefiro ver o que existe para ser aprendido... EM TUDO!
Tenho cuidado de uma moça, que conta com seus trinta e poucos anos. Ela internou-se para fazer uma cirurgia no joelho e infelizmente teve que amputar a perna.
Tal situação, qualquer um sabe, é muito sofrível e de dificil adaptação. Porém a tranquilidade com que paciente e família vem lidando com a situação, é que me espanta!
Não posso deixar de apontar quão admirável é poder assistir a evolução deste caso e poder sentir a força que A. tem frente a esta dura prova, além de todo apoio que sua família vem lhe dando.
Ás vezes reclamamos da vida e penso eu, que sempre devemos nos lembrar que existem problemas piores e que apesar de cada pessoa ser um ser singular e terem portanto reações singulares, a reação desta moça me fortalece!
Conviver com pessoas assim me dá força para repensar minhas queixas e ver que mesmo quando os dias estiverem nublados, como hoje por exemplo, ainda assim façamos uma força para lembrar que o sol está lá.
Dentro de cada um de nós existe uma fonte inesgotável de força para podermos encarar os mais diversos problemas com garra e coragem, e que por muitas vezes, nos apegamos com tanta força aos aspectos negativos dos problemas, que esquecemo-nos de ver o sol além da nuvem acinzentada...
Obs: Sou mais rica por ter convivido com você A., desejo de todo meu coração ver vc saindo bem do hospital, faltando um pedaço, mas com muito mais garra do que antes para dar a volta por cima!
Abçs, Lady Lucy

terça-feira, 24 de abril de 2007

A Dor e o Prazer de Fazer Enfermagem

Hoje uma grande amiga me fez uma pergunta interessante... "Você sabe porque você escolheu enfermagem?"
Esta conversa surgiu no meio de um parque, estavamos fazendo um '"pic nic" e dentre outras coisas, conversavamos sobre a dor e o sofrimento inerentes a esta profissão ...

Respondi a ela que sei porque escolhi enfermagem! Conforme já disse anteriormente, essa escolha foi feita durante um periodo dificil de minha vida, numa internação e aos 18 anos. Eu escolhi a enfermagem e ela me escolheu, através desta situação e internação... As coisas aconteceram de maneira mágica e rápida. O que sempre tive de certeza em minha mente foi que eu jamais trataria alguém como fui tratada na minha primeira noite no hospital: como se eu fosse uma embalagem!
E é por este motivo que eu sei porque escolhi a enfermagem. Gosto de ver nos olhos das pessoas, aquele olhar de quem se sentiu acolhido e compreendido em sua dor, o meu prazer é ser útil a pessoas que naquele momento necessitam de meus cuidados e principalmente de minha atenção. Me fazer humana num momento tão desumano!
A sofrimento que experimento quase sempre está ligado à desumanidade com que os hospitais tratam aqueles que fazem o próprio hospital continuar a existir. Todos os dias somos expostos a cargas excessivas de trabalho, nos estressamos porque temos que dar conta, às vezes os sujeitos, receptores de nosso trabalho, acabam sofrendo com isto, e nós sempre acabamos ficando com a batata quente na mão...

Se você paciente (futuro ou presente), estiver lendo este email, e em algum momento experimentar um certo clima pesado, não destrate o coitado do técnico de enfermagem, ele, em algumas das vezes, não tem culpa, estamos com uma batata quente na mão, e eu confesso que trabalhar equilibrando tal objeto, não é fácil... (risos)

Somos equilibristas, como já dizia Elis Regina, com a letra de João Bosco:
"Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar"
Apesar de todas nossas dores e prazeres, o show tem que continuar, nossos pacientes precisam de cuidados, e com batata quente ou não, temos que cuidar, e sorrir quando queremos chorar, e chorar frente o imponderável...
Se sei porque faço enfermagem? Sim sei e você sabe?
Até a próxima...

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A Arte de fazer Enfermagem

De vez em quando me ponho a refletir sobre a arte da nossa profissão...
Exerço a Enfermagem há pelo menos 13 anos. Nestes 13 anos passei por muitas provas... Aprendi muita coisa, cresci, me formei enquanto ser humano (visto que entrei na área com 18 anos), sou muito grata a esta profissão que acrescentou tanto à minha vida pessoal, me proporcionou conquistas materiais, é minha fonte de renda e é o maior laboratório da vida que posso ter acesso. No começo sentia muito medo de cometer erros irreparáveis, de não conseguir dar conta do trabalho a mim destinado, muitos medos, porém com o tempo, a experiência me ensinou que eu estava no caminho certo... Experimentamos muito prazer e muito sofrimento, nos doamos inteiramente para o outro, chegando a esquecer de nós mesmos, abstendo-nos de nossas próprias vontades. Ao mesmo tempo assistimos os pacientes melhorando ou pelo menos recebendo todos os cuidados que necessitam para continuarem vivos. Se me perguntarem o que mais gosto em minha profissão, direi que é poder fazer parte da melhora das pessoas que passam pelas minhas mãos... As pessoas maravilhosas que conheço, que passo a fazer parte de suas histórias, ao mesmo tempo em que passam a fazer parte da minha história.
Como a Enfermagem entrou na minha vida? Quando tinha 18 anos, meu pai caiu da lage de casa, do 3º andar, ouvi o barulho de sua cabeça chocando-se contra o chão, e saí correndo, quando o vi caidinho no chão, convulsionando, não sabia o que fazer, fiquei desesperada, me senti tão impotente por não poder fazer nada, minha mãe com sua sabedoria protegeu sua boca para ele não morder a língua e levamos ele às pressas para um pronto socorro. Depois de alguns dias ele teve alta e voltou para casa. Começou a ter muita dor de cabeça, teve um trauma craniano, não diagnosticado e o liquor vinha se acumulando em seu crânio. Enfim... ele teve que fazer uma cirurgia, uma Derivação Ventriculo Peritoneal, eu não sabia o que era isso, só sabia que era uma cirurgia de cabeça e que tinham riscos. Meu mundo desabou neste dia, pensei que meu pai fosse morrer. Minha tristeza foi tão grande, que simplesmente comecei com uma gripe, que se transformou numa pneumonia, ficamos eu e meu pai, internados. Foi uma barra para minha mãe, mas o fato é que na primeira noite no hospital entrou uma senhora no meu quarto, que não me deu boa noite, simplesmente verificou meus sinais vitais e saiu como se não tivesse entrado... a sua forma de proceder muito me chocou, mas devo ser muita grata a esta senhora, pois uma semana depois quando tive alta, resolvi que iria fazer enfermagem, e fiz! Mas com a promessa interna de que jamais trataria ninguém como fui tratada: como se fosse um objeto a ser verificado!

Quando estou com meus pacientes sempre tento dar o melhor de mim, levar uma palavra amiga, oferecer um momento de segurança, conforto e humanidade. Pelas devolutivas que recebo dos pacientes, acho que eles nunca se sentiram assim comigo... Por isto acho que a enfermagem é uma arte, a arte de estar atento a si mesmo, para conseguir estar atento ao outro, destinatário dos nossos cuidados... Enfermagem além de ser uma sequência de procedimentos padronizados e uma ciência, é também a arte de se relacionar, consigo e com o outro...

A arte de se relacionar consigo e com outro... é uma outra história para outra postagem...

Até a próxima...

Dia de folga

Dia de folga, é sempre um dia muito esperado por todos... mas nos hospitais, o tempo é outro, não há dia de folga, porque não pára... Aliás esse é um dos meus maiores sofrimentos: não folgar todos finais de semana (ou pelo menos quase todos!), simplesmente porque a vida pessoal fica sempre em suspenso, é muita abnegação!!!
Mas hoje é quinta feira e eu estou de folga, que maravilha, tem tudo para fazer do mesmo jeito, só que em casa!
Mas o melhor de tudo é curtir os momentos de não ter que fazer nada, ficar de boa, como este gatinho: relaxado!
Mas amanhã é outro dia e eu continuo de folga...
Até a próxima...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Minha nada mole vida na enfermagem

Olá todos! Hoje resolvi criar este blog, com o objetivo de refletir publicamente as dores e os prazeres de trabalhar na área de Saúde... Minha nada mole vida na Enfermagem... seria melhor se fosse intitulada de minha nada mole vida em contato com outros seres humanos em seu pior momento... NA DOENÇA!

Sempre penso que todos nós, independente de cor, sexo, condição social, ou o quer que seja, seremos pacientes algum dia, portanto é de suma importância que todos tenham acesso a vida dentro de um hospital, qualquer dia você pode fazer parte desta realidade... infelizmente...

Pode ser que seja no nascimento de um filho ou acompanhando o adoecimento de um familiar ou amigo, ou pior ainda, pode ser a sua própria internação... Eu já passei por isto... e por este mesmo motivo venho através deste blog trocar experiências com vcs... Quem já viveu uma experiência hospitalar, pode contar, vamos juntos compartilhar...