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terça-feira, 22 de maio de 2007

"Sobre a brevidade da vida"


Às vezes fico observando o mundo e as relações entre as pessoas e me entristeço...


No hospital, espaço onde as pessoas deveriam ser mais amigas umas das outras, visto que se um não apoiar o outro fica extremamente dificil suportar toda a carga emocional que nos circunda. Nós que trabalhamos, assistimos a perseguições, relações pobres, onde há pouco ou nenhum cultivo da transparência e sinceridade...

Amo meus colegas de trabalho, antipatizo com alguns, mas tento ter uma relação rica com todos! Tento ser sincera e dizer o que penso no momento do ato, se não gosto de alguma postura demonstro na hora. Assim sendo, quando pessoas agem de maneira desleal, abusando do poder que possuem ou como se todos estivessemos num páreo, fico extremamente entediada de estar num lugar assim...


Coincidentemente passava por uma banca de jornal na Av. Paulista e me chamou a atenção um título: "Sobre a brevidade da vida" de Sêneca, um europeu que tornou-se filósofo, politico, dramaturgo e escritor, há 4 a.C.? e - 65 d.C., porém suas reflexões são tão pontuais e nos dias atuais se fazem ainda mais condizentes com nossa realidade.


O autor em seu livro diz: "Pequena é a parte da vida que vivemos". "Pois todo o restante não é vida, mas somente tempo". "Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas", "este cuida daquele, que cuida do outro; ninguém cuida de si mesmo" (pag. 29).


Me questionei:


Quanto tempo perdemos sendo pouco autêntico uns com os outros?


Quanto tempo perdemos tendo relações rasteiras e de aparências com nossos colegas de trabalho?


Quanto tempo perdemos vivendo de maneira inautêntica, quando poderíamos viver de maneira mais autêntica e original?

Como seria bom se no mundo as pessoas cuidassem mais de si mesmo, aprendessem a ser mais leais umas com as outras, não importando qual cargo, posição ou classe social a que está pessoa pertence.


O tempo escorre pela ampulheta, quando nos dermos conta de quanto tempo já perdemos, será tarde para perceber que com o tempo perdido poderíamos ter realizado grandes feitos.


Vamos viver a vida ao invés de deixar o tempo passar... O mundo encontra-se neste caos, porque as pessoas não se permitem serem elas mesmas, vão alienando-se mais e mais de si mesmas, caindo de cabeça na ideologia de outros, confabulando com idéias que nem sabem por que fazem parte e seguem como robôs, executando tecnicamente sua incapacidade de serem humanos...


Sempre terei esperanças de que sejamos cada vez mais humanos, talvez idealize algo nunca mais alcançável, mas mesmo assim seguirei acreditando que tudo isto pode mudar... principalmente dentro de hospitais, lugar onde deveria habitar a humanização...


Abç, Lady Lucy

Um comentário:

Elisabete Orsi disse...

Lú um show seu blog, adorei as publicações obrigado pela confiança e saiba que tudo vais dar certo, nada é por acaso!!
Bete Orsi